É no mínimo assustador a onda de homicídios envolvendo pais e filhos divulgada pela mídia nos últimos dias. Além de assustador, esses fatos nos levam a refletir a respeito da real motivação que leva um pai ou uma mãe a tirar a vida do próprio filho. No entanto, a minha intenção não é encontrar respostas ou entender o que se passa pela cabeça dos pais para tomar uma atitude tão irracional, mas sim desabafar sobre a indignação e revolta que sinto como cidadã.
Fiquei realmente abalada com o caso do advogado Renato Ventura Ribeiro que foi encontrado morto ao lado do filho de 5 anos, em seu apartamento, na Zona Sul de São Paulo. Receber uma notícia como essa logo pela manhã realmente estraga o dia de qualquer pessoa que tenha um pouquinho de consciência. O que choca mais é o fato de uma criança de apenas 5 anos ter a sua existência interrompida de forma tão bruta – criança esta que teria uma vida inteira pela frente, mas que assim como a menina Isabela (lembram?) lhe foi negado o direito à vida. Ah, mas a lista não pára por aí! Há ainda aquela menina de 5 anos, que morreu juntamente com o pai em um acidente de avião em Goiânia. ..Há aquele caso também da mãe que disparou contra o filho em uma aula de treinamento de tiro nos Estados Unidos, e muitos outros casos assustadores que às vezes não chegam ao conhecimento da grande mídia.
Pois é, parece que está virando moda. Por motivos torpes, se tira a própria vida e a do filho e, em quase todos esses casos, os crimes foram premeditados pelos pais – os quais deveriam estar realmente desesperados para tomar uma atitude radical como essa – seja por transtorno psicológico, emocional, social... o que for. Nada justifica tirar a vida de uma criança indefesa. Aonde vamos parar? O que se passa em nossa sociedade, palco de diários casos de violência e brutalidade somente imaginados em filmes de terror? Realmente não sei responder, mas é possível afirmar com certa convicção que está havendo uma mudança nos padrões sociais, uma espécie de caos social com consequências inimagináveis.
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